Estiagem segue avançando no Pantanal, aponta monitoramento do SGB

Estiagem segue avançando no Pantanal, aponta monitoramento do SGB

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A estiagem segue avançando no Pantanal. Em Ladário (MS), estação de referência com 124 anos de dados, a cota chegou a -45 cm, a 7ª mínima histórica. O valor é apenas 19 cm maior que o recorde de -61 cm, registrado em 1961.

“Não se descarta a possibilidade do Rio Paraguai chegar à mínima histórica nesta estação, considerando que as previsões de chuva ainda não indicam volumes mais significativos”, explica o pesquisador em geociências do SGB Marcus Suassuna. Na última semana,a bacia do Rio Paraguai registrou um volume de chuvas de 2mm, concentrado nas bacias Taquari, Miranda e Aquidauana.

Em uma semana, o Rio Paraguai reduziu 11 cm em Porto Murtinho (MS) e atingiu 73 cm nesta quarta-feira (25). Essa marca se igualou à mínima histórica observada em 1971. Os dados foram divulgados em novo boletim de monitoramento hidrológico, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). 

Mínimas históricas também foram observadas na estação Barra do Bugres (MT). Na terça-feira (24), a cota chegou a 23 cm e o último dado observado, nesta quarta (25), foi de 24 cm. Em Cáceres (MT), a cota atual é de 35 cm. Em Mato Grosso do Sul, a estação de Forte Coimbra, no município de Corumbá (MS), registrou -1,76 m – a 4ª mínima histórica. As projeções indicam a continuidade da vazante nessas estações, que já estão abaixo da faixa da normalidade para o período. Os rios apresentam cotas dentro da faixa da normalidade apenas nos rios Cuiabá, Miranda e Aquidauana.

O valor da cota abaixo de zero não significa a ausência de água no leito do rio. Esses níveis são definidos com base em medições históricas e considerações locais, sendo que, mesmo quando o rio registra valores negativos, em alguns casos ainda há uma profundidade significativa. No caso de Ladário, por exemplo, abaixo da cota zero, o Rio Paraguai ainda possui cerca de 5 metros de profundidade, conforme dados da Marinha. Com informações do Núcleo de Comunicação do Serviço Geológico do Brasil.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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