Agosto: calor traz risco extremo de perigo de fogo no Pantanal
A coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), Valesca Fernandes, detalhou a previsão e chamou a atenção para o risco "extremo" de perigo de fogo no Pantanal entre os dias 31 de julho e 5 de agosto de 2024. Nesta situação as condições de combate são de difícil combate até por meios aéreos e alta velocidade de propagação.
A previsão, entre os dias 1 e 7 de agosto, indica tempo firme com sol e poucas nuvens. As temperaturas seguem estáveis e acima da média, podendo atingir chegar a 37°C. Além disso, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10 e 30%. As condições meteorológicas previstas são favoráveis para a ocorrência de incêndios florestais, por conta do ar seco aliado a temperaturas acima da média.
Entre os dias 7 e 9 de agosto, a aproximação e avanço de uma frente fria deverá favorecer aumento de nebulosidade, baixa probabilidade para chuvas e uma leve queda nas temperaturas, com mínimas entre 17 e 20°C e máximas entre 25 e 28°C.
Área queimada
A área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul desde o início do ano até 30 de julho chega a 690 mil hectares, o que representa aumento de 74,1% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 396,6 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Quanto aos focos de calor detectados por satélite, o número chega a 3.783, ou seja, 26,2% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 2.998, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).
Estrutura
Desde abril deste ano já foram realizadas 344 ações de combate e 386 de prevenção. No momento a operação conta do mais de 500 integrantes incluindo bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, da LIGABOM de Goiás e do Paraná, militares da Força Nacional de Segurança Pública, das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar Ambiental, Polícia Federal, ONGs de proteção ambiental, além de agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. São quase 100 meios de transporte usados incluindo aeronaves, veículos terrestres e embarcações. As informações são da Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul.
Foto: Saul Schramm