Banho de São João movimentou quase R$ 10 milhões em Corumbá

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Somadas as três noites da programação oficial, o Arraial do Banho de São João reuniu cerca de 94 mil pessoas no Porto Geral de Corumbá. Maior e mais tradicional festa junina do Centro-Oeste brasileiro, o evento reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil movimentou aproximadamente R$ 9,950 milhões na economia local.

Os dados são da pesquisa coordenada pela Fundação de Turismo de Corumbá, divulgada nesta quarta-feira, 26 de junho. O levantamento identificou a presença de 4.038 turistas no Arraial, o que resultou em 100% de ocupação da rede hoteleira. O valor médio gasto por visitante em cada noite foi de R$ 190,51. Entre os residentes, a média foi de R$ 102,37 gastos por noite.

As 80 barracas e os 10 food trucks espalhados no perímetro da Praça de Alimentação empregaram diretamente 405 funcionários. Os empregos indiretos totalizaram 1.595 pessoas, resultando em aproximadamente R$ 920 mil somente em remuneração da mão de obra.

Para organizar e realizar o tradicional Arraial do Banho de São João, a Prefeitura de Corumbá investiu R$ 2.333.495,79 (dois milhões, trezentos e trinta e três mil, quatrocentos e noventa e cinco reais e setenta e nove centavos) na programação visual, divulgação, infraestrutura, atrações regionais e locais, recursos humanos, logística e premiações em geral.

“O estudo, que foi realizado com o apoio de estagiários da UFMS, mostrou que cada real aplicado pelo Poder Público na festa, trouxe resultado quatro vezes maior em movimentação da economia local, totalizando quase R$ 10 milhões circulando pela região em apenas três noites”, avaliou o diretor-presidente da Fundação de Turismo, Eduardo Carvalho Ribeiro.

Além da parte econômica, o Arraial do banho de São João mobiliza uma tradição centenária na cidade. “Pelo menos 150 festeiros de São João descerem pela ladeira Cunha e Cruz entre a noite do dia 23 e a manhã do dia 24. Esse é um momento de fé que não foi suspenso nem durante a pandemia de Covid-19”, lembrou o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico, Joilson Silva da Cruz.

“O São João, assim como o Carnaval também, não é tratado pela Gestão Municipal apenas como festa. Elas são ações geradoras de emprego, de renda e de fortalecimento da cultura, da crença e da história do povo corumbaense. Por isso o planejamento é sempre feito com muita antecedência, pelo menos 4 meses antes”, complementou Joilson.

Por causa das queimadas que atingem o Pantanal, a tradicional queima de fogos que marca a passagem do dia 23 para o 24, Dia de São João, este ano foi substituída por um minuto de silêncio e reflexão. As informações são da Ascom PMC.

Foto: Clóvis Neto/PMC

 

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